Kung Fu Panda 3
Lançamento: 03/03/2016
Elenco: Jack Black, Dustin Hoffman, Kate Hudson, Jackie Chan, Bryan Cranston
Diretor: Alessandro Carloni, Jennifer Yuh
Distribuidora: Fox Filmes
Nota: ★★★★
A terceira
aventura do Panda mais conhecido do mundo finalmente chega às telonas, para
fazer a alegria de milhares Adult...Ern, quer dizer, crianças que esperavam
pelo final da trilogia (será?) tão amada dos cinemas. E as expectativas estavam
altas desde a deixa gigante de que o pai de Po estava vivo, assim como toda uma
aldeia secreta de pandas!
Começando do princípio, é legal
entender que Kung Fu Panda foi a resposta final da DreamWorks em relação a sua
disputa contra a Pixar (posteriormente Disney/Pixar) sobre a liderança em
termos de filmes de animação. Enquanto o caminho da Pixar focou no entorno
familiar e animações para crianças, caprichando na arte e técnicas de animação
a níveis cada vez maiores (a cada novo filme da Disney vemos um tratamento novo
e absurdo até mesmo para a forma como o cabelo e pelos se comportam!) a Dream
decidiu por ir num caminho paralelo, mas não igual – Seus filmes tem um cerne
infantil, mas terminam por ser mais comunicativos com jovens e adultos, com
piadas mais rebuscadas, com referências ao dia a dia e certos teores mais adultos. Desde Madagascar vemos esta atitude, sendo
que com Kung Fu Panda (e Como Treinar seu Dragão) a forma chegou ao seu auge,
onde além de estripulias direcionadas para o público infantil vemos um
repertório cheio de piadas dignas de Seinfield, além de várias referências e
paródias aos filmes clássicos filmes de King Fu que muitos adultos adoravam
(adoram) ver.
É nesta pegada que vem Kung Fu panda
3. Disfarçado de épico infantil – poucas produções para crianças chegam ao
grande circuito de cinemas com 3 filmes – o filme trás a resolução da história
de Po, de seu nascimento e origem misteriosa até sua ascenção ao título de
dragão guerreiro, abordando finalmente a parte final de sua maturação: O
momento onde finalmente é obrigado a assumir responsabilidades, seja assumindo
para si mesmo quem é, seja como sua nova tarefa de Instrutor de Kung Fu. Kung Fu Panda 3 não investe em surpresas,
no entanto embora isso não seja necessariamente negativo. Todos os elementos
dos filmes anteriores estão ali – embora nota-se uma diminuição exponencial da
interação com os outros personagens de dubladores orientais, não sei dizer bem
o porque. Caché? – com Jack Black (em português por Lucio Mauro Filho)
esbanjando pastelão grosso e piadas e mais piadas em cima dos estereótipos do
grande herói escolhido blá blá blá. Como
sempre, o vilão é um show visual a parte. É, de longe, o visualmente mais
impressionante de todos da saga – embora o menos carismático – dublado por J.K.
Simmons no original e Christian Figueiredo em português. Suas performances de
lutas são as mais lindas de todo o desenho, só perdendo talvez para Oog-Wei, o
charmoso mestre tartaruga que não víamos desde o primeiro filme.
É um roteiro simples, que trás a
questão do crescimento dos filhos assim como a importância da família –
curiosamente apresentando uma disposição nada ortodoxa familiar quando Po se vê
em torno de dois pais, o biológico e o adotivo, que tem uma disputa pela
atenção do filho – e o discurso de que não importa de onde você veio ou onde está,
mas o que realmente define quem você é são as atitudes que toma e o caminho que
se deseja seguir. Kung Fu Panda 3 cumpre
bem seu papel. Diria ser o segundo melhor da franquia – o primeiro filme ainda
termina sendo melhor por algumas questões de roteiro – mas certamente não vai
decepcionar ninguém que espere uma boa diversão descompromissada. Veja o filme sem medo, e aprenda a
ser um panda você também!
Veja o
trailer:
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