quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

ENTÃO EU ASSISTI... "A GAROTA DINAMARQUESA"

 A Garota Dinamarquesa
Lançamento: 11 de Fevereiro de 2016
Elenco: Alicia Vikander, Eddie Redmayne, Ben Whishaw, Amber Heard
Diretor: Tom Hooper
Distribuidora: Universal Pictures
Nota: ★★★
Depois de ter ganho um Oscar por sua brilhante interpretação como o físico Stephen Hawking em "A Teoria de Tudo", Eddie Redmayne volta a brilhar mais uma vez em A Garota Dinamarquesa. Neste, Eddie interpreta Einar Wegener, um pintor paisagista bastante popular, que acaba se descobrindo mulher após uma brincadeira com sua esposa, Gerda Wegener, interpretada por Alicia Vikander. A brincadeira consistia em Einar vestir meias e um sapato de Ulla, uma bailarina que estava posando para Gerda e não pode comparecer em um dos dias. Neste dia, Einar começa a despertar seu lado feminino, mais tarde ele fica conhecido como Lili Elbe.


O filme é baseado em uma história real, trazendo à tona a história do primeiro transexual a fazer uma cirurgia de redesignação de gênero (ou mudança de sexo, como é popularmente conhecida). Na época do filme (1920), a homossexualidade era tratada como "doença", ou até mesmo "esquizofrenia". O longa foca em mostrar o processo de mudança de Einer para se transformar em Lili Elbe. Mesmo com ligeiras diferenças da realidade, o filme emociona e passa uma importante mensagem que é maior que qualquer prêmio.



A interpretação de Eddie é de uma complexidade e beleza sem igual. Em seu processo de transformação, ele busca captar os movimentos de outras mulheres, o andar, os movimentos feitos com as mãos, cada detalhe. Neste ponto, vemos que por mais que se esforce para parecer uma dama, o corpo de Lili traz sempre o sexo masculino que ela tanto rejeita. E isto é mostrado de forma impecável pelo Eddie, que consegue trazer o sofrimento com a mudança da personagem à flor da pele e para fora da tela.


Por outro lado, há a Alicia Vikander como a esposa que vê seu casamento e seu desejo de ter filhos ruir ao ter de acompanhar e abraçar a jornada de transição de seu marido. E isto também é feito brilhantemente pela atriz.

No quesito técnico, está tudo muito bom: fotografia, maquiagem, figurino. Mas o destaque fica com a sensibilidade com que é retratada a vida de Lili, uma história incrível e comovente. Uma atuação onde o que aflora é o personagem, e não o ator. Recomendo!

Veja o trailer:

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