quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

ENTÃO EU ASSISTI... STAR WARS - EPISÓDIO VII: O DESPERTAR DA FORÇA

Star Wars - Episódio VII: O Despertar da Força
Lançamento: 17/12/2015
Elenco: Daisy Ridley, John Boyega, Harrison Ford, Adam Driver, Carrie Fisher, Oscar Isaac
Diretor: J. J. Abrams
Distribuidora: Walt Disney Studios
Nota: ★★★★

Depois de muitos anos após o lançamento do último filme da franquia (Star Wars - Episódio III: A Vingança dos Sith), foi lançado Star Wars - Episódio VII: O Despertar da Força, trazendo de volta personagens e ideias imortalizados na cultura nerd, além de um novo universo expandido e novas questões a serem resolvidas.



Décadas após a queda de Darth Vader e a destruição do Império, surge uma nova ameaça: a Primeira Ordem. Junto com ela, vilões como Kylo Ren, Capitã Phasma, o Líder Supremo Snoke e o General Hux buscam minar o poder da República, destruir a Resistência e o principal: achar Luke Skywalker. Para isso, sequestram Poe Dameron, um dos principais pilotos da Resistência. Antes de ser capturado, Poe deixa com o robô BB-8 um mapa que leva até Luke Skywalker. Depois de passar um tempo perdido no deserto, BB-8 encontra Rey, uma catadora de lixo. Paralelo a isso, Poe recebe ajuda de Finn, um stormtrooper que decide mudar de lado. E é aí que a aventura começa.


Tecnicamente O Despertar da Força é o Star Wars que todos esperavam. É espetacular ver as naves espaciais mais famosas da franquia recriadas com tecnologia atual, em lutas tão inspiradas quando as de Uma Nova Esperança. Stormtroopers que, de fato, acertam seus alvos e forças militares treinadas, com disciplina também na hora do combate. O filme ganha mais fôlego ao ser comparado com a trilogia clássica (Episódios IV, V e VI). Mesmo com uma história remodelada, com novos protagonistas, ela se faz coerente consigo e com o que já foi mostrado nos episódios anteriores. Mas vence de verdade por apostar onde tantas megaproduções demonstram receio: na humanização. Explorar o carisma de seus personagens não é exatamente transformá-los em indivíduos fáceis de se gostar, mas em quem o espectador consegue se identificar por um ou outro critério. Essa é a manobra efetiva para se administrar o interesse pela trama, e não as tantas cenas de ação.



Além disso, outro fator importante da franquia foi respeitado: os vilões são maus e intimidam. O ambicioso General Hux me lembrou o Comandante Tarkin mais jovem, Kylo Ren é um grande antagonista, humanizado por meio de seu conflito interno e grande atuação de Adam Driver. Já Han Solo, Leia Organa e Chewbacca estão de volta pra valer. É possível ver como o relacionamento de Han e Leia mudou ao longo do tempo e como ambos expóem seus medos e inseguranças acerca do futuro. Porém o destaque todo vai para a Rey, que foi bem construída, com mistérios a serem revelados e uma força de vontade absurda, o Finn, que se mostra o tempo todo leal aos amigos após deixar o seu lado stormtrooper, e o robô BB-8, que, convenhamos, é impossível não querer levar pra casa num potinho.



Não há dúvidas: o filme funciona como um bom reboot, mas perde um pouco de ritmo em determinado ponto, usa elementos demais dos filmes originais, que, por vezes, passam do ponto do necessário e se tornam exageros (ou até falta de criatividade) e alguns atalhos narrativos ficam sem explicação e poderiam ter sido mais bem desenvolvidos, assim como a história de alguns personagens, como o Poe Dameron. Ainda assim, consegue respeitar o legado e mudar alguns paradigmas para criar algo completamente novo. É um grande filme, que respeita os fãs, mas sem deixar de pensar no futuro. Recomendo bastante.


Assista o trailer:


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