quarta-feira, 20 de agosto de 2014

[RESENHA] DIGA AOS LOBOS QUE ESTOU EM CASA

Livro: Diga aos Lobos que Estou em Casa
Autor: Carol Rifka Brunt
Editora: Novo Conceito

Resumo: 

1987. Só existe uma pessoa no mundo inteiro que compreende June Elbus, de 14 anos. Essa pessoa é o seu tio, o renomado pintor Finn Weiss. Tímida na escola, vivendo uma relação distante com a irmã mais velha, June só se sente “ela mesma” na companhia de Finn; ele é seu padrinho, seu confidente e seu melhor amigo. Quando o tio morre precocemente de uma doença sobre a qual a mãe de June prefere não falar, o mundo da garota desaba. Porém, a morte de Finn traz uma surpresa para a vida de June – alguém que a ajudará a curar a sua dor e a reavaliar o que ela pensa saber sobre Finn, sobre sua família e sobre si mesma. No funeral, June observa um homem desconhecido que não tem coragem de se juntar aos familiares de Finn. Dias depois, ela recebe um pacote pelo correio. Dentro dele há um lindo bule que pertenceu a seu tio e um bilhete de Toby, o homem que apareceu no funeral, pedindo uma oportunidade para encontrá-la. À medida que os dois se aproximam, June descobre que não é a única que tem saudades de Finn. Se ela conseguir confiar realmente no inesperado novo amigo, ele poderá se tornar a pessoa mais importante do mundo para June. "Diga Aos Lobos Que Estou Em Casa" é uma história sensível que fala de amadurecimento, perda do amor e reencontro, um retrato inesquecível sobre a maneira como a compaixão pode nos reconstruir.



Resenha:
Peguei "Diga aos Lobos que Estou em Casa" imaginando um estilo de leitura, mas me surpreendi completamente logo que comecei a entrar na história, já que o livro na realidade não se tratava de mais uma história de romance comum. O livro tinha um algo a mais que eu não esperava, no caso eram os ensinamentos e as reflexões que ele nos trazia a respeito da vida e da morte. 
 O livro conta a história de Jone Elbus, uma garota de apenas 14 anos que vê seu mundo desabar após a morte de Finn, seu padrinho, tio e acima de tudo melhor amigo, ele era a pessoa na qual June confiava fielmente, a única pessoa que June contava todos os seus sonhos, segredos e vontades. Apenas Finn aceitava June do jeito que ela é, mesmo sendo diferente da maior parte das outras garotas, indo a florestas e brincando de viver na Idade Média, ouvindo músicas clássicas etc. 
Da mesma forma que Finn entendia e sabia tudo sobre June, a garota imaginava que entendia e sabia tudo sobre Finn, porém isso muda após sua morte, mais especificamente durante o enterro de Finn, onde ela é abordada por um homem que afirma conhecer seu tio. De início June fica com medo e desconfiada, mas a partir do momento que ela abaixa a guarda ela percebe que não era a única a amar o tio incondicionalmente. 
 De começo achei estranho a relação de Finn é June, porém, no decorrer da leitura, fui entendendo que June idolatra tanto o tio pelo fato dele ser o único que pode entendê-la e fazê-la se sentir especial. Até a sua irmã mais velha Greta, que antigamente cuidava dela, hoje em dia é má- como June diz- e tem coisas melhores para fazer ao invés de dar atenção à irmã e seus pais dão mais atenção à irmã mais velha - e normal- a dar atenção à June, a filha estranha e isolada. 
 Outra parte muito interessante no livro é que podemos vez o preconceito que as pessoas na época (1987) têm em relação à AIDS, doença na qual Finn morreu. Para as pessoas essa doença era algo que ninguém poderia tratar em público e quem tinha a doença era praticamente apedrejado. 
Em relação a questão de morte e vida, que falei logo no começo da resenha, o livro nos faz refletir sobre coisas ... tais como: " Como devo aproveitar a vida?" ou "Como lidar com a ideia de morrer?". Ao terminar o livro senti um vazio e ao mesmo tempo  fiquei pensando sobre os diversos assuntos que o livro tratou, e tenho de admitir que esses pensamentos praticamente me tiraram a noite por inteiro. 
 Enfim, posso dizer que esse livro me tirou diversas lágrimas e me fez refletir e pensar sobre os preconceitos que a sociedade tem em relação a diversas coisas, além de podermos ver uma relação tão bonita que é construída ao longo do livro de June e Toby, que se aproximam após a morte de um ente querido e juntos conseguem superar o mundo e viver e entender diversas coisas sobre si mesmos. 
Um livro emocionante, cativante e que merece ser lido e relido diversas vezes!

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