A Mari foi super bacana e respondeu tudinho com muita paciência!!!
Confira a entrevista:
Como se dá o processo de criação de
suas histórias? De onde veio a inspiração para escrever como exemplo o livro
Insônia?
Não sei explicar como é meu processo de
criação, pois por enquanto ele é quase instintivo. A ideia vem, eu a desenvolvo
descobrindo melhor os “porquês” e quando tenho todas as respostas, começo a
escrever. Muitos autores são organizados, fazem cronograma de capítulos, eu até
fiz um cronograma para as minhas séries, mas os personagens me dominam quase
sempre e preciso refazer as cenas e reestruturar o cronograma. Rs Talvez um dia
aprenda a dominá-los e não ser dominada haha.
Insônia e Híbrida são livros que comecei como
fanfic e quando decidi que escreveria fanfic para descobrir como os leitores
reagiriam as minhas ideias e ao meu estilo de escrita, começaram a pipocar
histórias na minha cabeça. Insônia quis escrever para um amigo contador de
histórias, era para ser um romance romântico, onde o protagonista contava
histórias fofas para a Suzanna, mas achei fraco e quando dei por mim, eles eram
anjos, caídos, demônios e toda a trama mudou. Já Híbrida surgiu porque fiquei
indignada com o final de Amanhecer (Twilight). Não concebia a ideia da Reneesme
existir e ainda ficar com o Jacob. Me questionei por semanas sobre como uma
vampira viveria entre os lobisomens, qual seria a reação dos Quileutes, como
seria essa convivência... Daí surgiu a Ellene e toda a trama de Híbrida. A
série não tem nada a ver com Crepúsculo, apenas a ideia começou porque eu não
suportava a Nessie, ainda não suporto. kkkk
O que as suas personagens, as
mocinhas, das suas historias tem em comum com a "Mari Scotti"?
Essa pergunta me fez pensar diretamente na
Ellene, protagonista de Híbrida kkk:
Ellene: O pavor de insetos, principalmente
baratas. Acho que devo ter insetofobia, se é que isso existe, porque seja qual
for o inseto, se ele voar ou for cascudo, eu tenho surtos de pavor e histeria.
A Ellene é toda poderosa e morre de medo também. Achei interessante deixá-la o
mais humana possível. O convívio familiar deles também é bem próximo do que
vivo em minha casa. Somos muito unidos, assim como a família dela.
Suzanna: Apesar de a Suzanna verbalizar que é
contra o amor, ela é totalmente sonhadora, vive em um mundo encantado onde
sonha com seu primeiro beijo. Acho que sou assim, sonhadora, apesar de me focar
bastante na realidade e ter os pés firmes no chão. Ela também é inocente,
inocente até demais, mas isso é porque meu parâmetro de adolescência é a minha
própria vida. Eu só descobri o que era desejo depois que comecei a trabalhar e
a conviver com pessoas que não eram religiosas. Continuo certinha, mas não tão
inocente com o que acontece ao meu redor.
Qual foi seu livro preferido, quando
era mais jovem?
A Ladeira da Saudade de Ganymédes José e a
Série os Karas do Pedro Bandeira.
Quando você realmente se viu como uma
escritora?
Quando pediram meu autografo a primeira vez.
Pensei: Caracaaaaaaaaaaaa! Rsrsrs Mas ainda preciso aprender muitooooooo para
chegar ao patamar que desejo como escritora.
Qual é a sua frase, ou citação,
preferida dos seus livros?
Nunca pensei nisso, mas assim que li a
pergunta, uma das frases surgiu na minha cabeça. Gosto das cenas engraçadas,
então não estranhe que não é nada filosófico:
Híbrida: “Você tem um milhão de poderes e não
consegue matar uma barata? Achei que fossem vampiros”!
Insônia: “Não acreditei no que estava vendo,
as casas ficavam cada vez menores abaixo de nós, não havia vozes ou cheiros,
nenhum som além do vento sendo cortado por duas asas enormes que batiam no ar,
elas saíam das costas nuas de Arthur. Meu peito travou, não conseguia respirar.
Estávamos voando”.
Quando escreve já sabe como a historia
será, tipo o começo, meio e fim, logo de cara da obra ou o enredo vai surgindo
conforme você vai escrevendo?
Sempre tenho trama principal pronta quando
começo a escrever, mas em Insônia já contei que tudo mudou conforme escrevia. De
um romance bobinho, tornou-se uma história sobrenatural. O miolo do livro
sempre se faz sozinho, não consigo seguir um roteiro, mas a ideia principal, os
“porquês” não mudam, pois são a base das duas tramas (Insônia e Híbrida).
Qual a dica para quem esta querendo
ser escritor aqui no Brasil?
O
principal é não perder a humildade. Ninguém chega a lugar nenhum sendo
arrogante ou invejando quem está conseguindo ou conseguiu. Ser persistente e
não desanimar com “nãos”. Escutamos muitos nãos, a vida é cheia deles, não
apenas na literatura, e se não soubermos ultrapassar essas barreiras ou a
insegurança que surge depois de um “não”, morremos na praia. Persistência é a
base de tudo.
Em
paralelo não deixe de estudar, de ler, escrever. Quanto mais ler, maior seu
conhecimento e quanto mais escrever, melhor se torna o seu texto, amadurecemos
assim. Sucesso pessoal!
Quais são os seus escritores/poetas
preferidos?
Nacionais: Denise Flaibam: Série Os Mistérios
de Warthia; Maribel Azevedo: Amor no Ninho e Amor Inteiro; Babi Dewet: Sábado à
Noite 1 e 2; Lu Piras: Equinócio e Polares.
Estrangeiros: Stephenie Meyer, Cassandra
Clare, Verônica Roth, Richelle Meade. São muitos. rsrs
Qual é seu projeto para o ano de 2014?
Em literatura: Publicar o livro 2 das duas
séries. Tenho dois romances românticos iniciados que quero finalizar o mais
breve possível e também a série de contos que lançarei apenas pela Amazon:
Pecados Capitais. O primeiro já está disponível e chama Ira.
Pessoal: Voltar a cantar. Sinto muitaaaa falta
da música na minha vida.
Que outro trabalho você faz, além de
escrever livros?
Trabalho em uma empresa que fabrica e da
manutenção em equipamentos de lotéricas, bancos, escolas, etc. Cobro
atendimento técnico. Até gosto e já estou lá há quase 13 anos.
Depoimento da Mari Scotti:
Obrigada pela entrevista Clube do Livro PE, adorei!
Desejo todo sucesso ao blog e aos futuros escritores nacionais! Vamos nos
apoiar, pois assim cresceremos todos juntos!
Beijo, Mari Scotti
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